Sabemos que o Bitcoin é o maior criptoativo do mercado e que tende a continuar assim devido a sua natureza escassa. Essa mesma natureza da sua criação que gera seus famosos ciclos, muito interligados com o fenômeno de halving.
Neste artigo, iremos percorrer os principais aspectos dos ciclos do Bitcoin, suas fases e como analisá-las para se preparar para o futuro.
O que são os ciclos do Bitcoin?
Os ciclos do Bitcoin são os períodos de altas e baixas do ativo entre seus halvings. Não possuem data certa para começar ou terminar, mas cada ciclo fortalece a moeda.
Já o halving é quando a oferta de BTC para mineradores é cortada pela metade. Cada minerador ganha uma certa quantia de BTC por bloco minerado, mas essa quantia é diminuída pela metade aproximadamente a cada 4 anos.
Se tomarmos como exemplo os halvings de 2016 e 2020, vemos uma alta significativa no ano seguinte. O de 2012, no entanto, produziu alta mais próxima de 2014.
Abaixo temos uma representação gráfica dos ciclos do Bitcoin, em dólares.
Nunca foi observado o período de baixa de um ciclo se encontrando com o período de alta do ciclo anterior (exceto na pandemia de 2019). Na prática, isso significa que mesmo o Bitcoin apresentando altas e baixas de preço, a moeda possui uma forte tendência de se valorizar com o tempo e reinventar os próprios patamares.
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Isso ocorre devido aos seus halvings. Após diversos cortes, a recompensa por cada bloco minerado será minúscula, o que torna a oferta do ativo limitada, dando-lhe o aspecto de ouro digital.
Vale lembrar que os ciclos de mercado são influenciados pelo psicológico e pelo emocional dos investidores e também estão suscetíveis aos fundamentos do ativo, regulações e outras questões político-econômicas.
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Como funciona o modelo cíclico do Bitcoin? Entenda as fases
Os ciclos do Bitcoin são divididos em 4 etapas com base em suas altas e baixas, sendo elas: Laterização/Acumulação, Bull Market, Laterização/Distribuição e Bear Market.
Cada uma das etapas está intimamente ligada à lei de oferta e demanda sofrida pelo Bitcoin, e a compreensão de como essa lei interage com as etapas é importante para entender o comportamento do ativo.
Como se trata do maior ativo do mercado cripto, ele influencia o mercado como um todo, ditando tendências de compra, venda e valorização de outros tokens. Vale ressaltar que os ciclos ocorrem há tempos no mercado financeiro, não sendo exclusivo do Bitcoin.
Lateralização/acumulação
Após uma baixa significativa do mercado, ocorre o que chamamos de fase de acumulação, a mais longa das fases. Nela, o poder de compra é grande devido ao baixo custo do ativo. Investidores experientes enxergam esta etapa como oportunidade de ganho, esperando uma futura valorização.
Se considerarmos a lei de oferta e demanda que comentamos anteriormente, essa compra do BTC começa a aumentar a valorização do ativo lentamente. Isso, somado com as expectativas geradas pelo halving, começa a gerar euforia no mercado.
Essa euforia prepara o mercado para as próximas fases do ciclo. A próxima fase é a responsável por atrair mais investidores em potencial, por conta da valorização do BTC. Esses investidores começam a comprar o ativo e, portanto, valorizá-lo ainda mais, dando início ao período de alta do mercado.
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Podemos visualizar a etapa de acumulação com auxílio de gráficos dos anos anteriores:
Bull market
Bull Market é o período de alta do mercado. Tem como característica um grande otimismo dos investidores. Esse otimismo causa altas expectativas, fazendo com que a valorização ocorra rapidamente através da demanda pelo ativo, ganhando tração para a subida.
É uma reação em cadeia. Quando o ativo sobe é encarado como uma oportunidade de fazer dinheiro, então a demanda e as compras sobem e o preço acompanha.
Conforme o preço sobe, a motivação para venda aumenta, dando início a próxima etapa de lateralização.
Essa etapa também pode ser vista no gráfico:
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Lateralização/distribuição
Os holders (detentores) dos tokens são motivados a vender seus ativos pelo alto valor que apresentam no momento, e quando o número de vendedores ultrapassa o número de compradores, temos a reversão do mercado.
Com mais oferta do que demanda, o preço cai e o lado emotivo do mercado age. Quem acabou de comprar busca vender o ativo por conta do medo de perder dinheiro, e quando todos querem vender, a oferta aumenta e o preço despenca.
É uma nova reação em cadeia no sentido inverso. Os compradores de antes vendem seus ativos para conseguirem recuperar um pouco do dinheiro investido. No fim, isso dá início ao período de baixa do mercado.
No mesmo gráfico vemos os momento em que as reversões acontecem:
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Bear market
O período de baixa é chamado de Bear Market. A grande maioria dos novos investidores já saíram do mercado nesta etapa.
As vendas de antes baixam tanto o preço do ativo que a sua compra torna-se interessante outra vez. Agora, teremos um novo grupo de compradores/investidores.
Este novo grupo continuará crescendo e comprando o ativo enquanto o período de baixa durar. Desta forma, o Bear Market fica diretamente ligado ao início do período de acumulação. Futuramente este novo grupo de compradores passa a ser o grupo de holders do próximo período de distribuição.
Isso só é possível pois o grupo soube interpretar o mercado e aproveitar o período de Bear Market, sendo mais resiliente e atento ao ativo que aqueles que investem por impulso.
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Também podemos ver a queda do Bear Market dando início à acumulação:
Quais os principais indicadores do ciclo do Bitcoin?
Os principais são: o halving, linhas de suporte e resistência, sentimento de mercado e decisões de grandes organizações. São esses fatores que podem afetar os valores do BTC.
As linhas de suporte e resistência agem, respectivamente, como chão e teto para o preço do ativo e são bem difíceis de serem quebradas naturalmente. Normalmente é necessário um evento incomum, como o halving, para modificar essa realidade.
Esses chão e teto ocorrem de maneira natural pelos investidores do ativo. Eles operam de maneira a manter esses padrões inconscientemente, por desacreditarem que o ativo possa descer ou subir além dessas marcas. Sempre comprando na baixa e vendendo na alta.
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Abaixo temos um exemplo prático dessas linhas:
Análise das linhas de suporte e resistência
Note que essas linhas não são absolutas no mercado. Apesar de representarem um forte parâmetro para as altas e baixas de um ativo, ainda teremos diversas variações fora destes extremos.
No caso do Bitcoin, seus halvings interferem nas suas linhas, sempre mudando elas de lugar. Isso faz do fenômeno o principal indicador de seus ciclos.
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Quando o halving corta a oferta de BTC para os mineradores, ele cria uma expectativa de valorização com base na lei de oferta e demanda. Assim, o halving costuma antecipar a valorização do ativo, porém, é importante ressaltar que isso também não é algo absoluto no mercado.
Outros pontos incluem o mercado financeiro de maneira geral. O BTC segue tendências e sentimentos de mercado até certo ponto. Quando pesquisas sobre o índice de confiança dos investidores são publicadas, por exemplo, isso costuma abalar o ativo.
Outro caso é quando figuras públicas, grandes empresas ou países se posicionam sobre o assunto. Por exemplo, quando a China declarou que criptomoedas são ilegais (apenas na China, é claro) o BTC teve uma queda de quase 50%. Ou quando o BTC subiu, pois a Tesla declarou investir em Bitcoin.
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Como analisar os ciclos do Bitcoin?
Como dito no início do artigo, é extremamente difícil determinar exatamente as datas dos ciclos e suas etapas. Por isso, não é recomendado que se tente adivinhar as futuras mudanças de mercado.
No caso do Bitcoin, é tentador usar um halving daqui dois meses, por exemplo, como motivo para investir todo o seu dinheiro. Mas é esse tipo de especulação que causa grandes perdas no mercado financeiro.
As próprias linhas não são absolutas e variações sempre ocorrerão. Sendo necessário que o analista esteja sempre atento às mudanças do ativo, tendo paciência no acompanhamento e na determinação de tendências.
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Monitore o mercado
Ficar atento aos movimentos de grande investidores e governos também é um bom hábito, pois estes podem influenciar, e muito, o mercado. Mas, também não é recomendado ser “maria vai com as outras” para não correr o risco de cair nas bolas de neve do setor.
Pensando nisso tudo, a estratégia DCA (Dollar-Cost Averaging) é uma ótima alternativa. Ela permite investimentos constantes sem correr maiores riscos. De maneira semelhante, é possível fazer vendas fracionadas do BTC num período de queda, para diminuir as perdas.
O mesmo vale para os períodos de Bull Market e Bear Market, mas aqui é recomendado atenção redobrada, pois se tratam de períodos mais curtos e mais voláteis dos ciclos do ativo.
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